Archive for novembro \26\+00:00 2009

h1

Pelo mecão Campeão!

26 novembro, 2009

Mecão campeão da segundona carioca. É felicidade demais pro meu coração. Vou repostar um texto que fiz meses atrás.
Vou fazer a @mcbuchecha e dizer: É muita emoção pra explicar em 140 caracteres. e até em mais.

“Essa foi a pergunta feita pelo blogueiro Pedrox.
Em uma palavra: sangue.
Sei te dizer que sou uma adoradora do esporte que põe 20 homens correndo atrás de uma bola e 2 fugindo dela. A-DO-RO! Assistir futebol é uma das minhas maiores diversões. assisto até pelada de fim de semana.
E que além da seleção brasileira, o único time que faz meu coração vibrar de verdade é o America Football Club.

Não tem explicação, Pedrox. sério.
É a pulsação que fica diferente, a respiração que começa a ficar ofegante só de ouvir o hino.
Até tenho uma certa simpatia pelo Vasco e um amor recente e incontido pelo São Paulo. Mas só. Torcer mesmo. desde criancinha. só pelo Mecão.

Lembrei de quando me apaixonei pelo América Football Club. Time vermelho e branco, uniforme lindo e tinha as minhas iniciais: AFC. Fissurei. Pena que ele perdeu pro Botafogo no dia da nossa primeira partida juntos, se não me engano foi de 2×0 no Maraca, eu tinha 6 anos, eu acho.

Passaram os anos e só o voltei a torcer de verdade no começo de 2000, jogo que o Mecão deu de 3×0 na Seleção Carioca (alguém lembra disso?) na Baixada Fluminense, inaugurando o Giulitte Coutinho.
Foi lindão. Descobri que não, a pessoa não se torna Mequinha, nasce Mequinha. Torci pra caraleo. Nem dava pra entender. Xinguei juiz, gritei, urrei!
Quando fui de férias ao Rio, depois de passar no vestibular lá por fevereiro de 2002, vi o HISTÓRICO 4×0 no Flamengo. CHUPA, rubro-negro!!!!
Mengo este que, todos sabem, é o ódio de todo não-flamenguista.
Principalmente eu.
Tudo bem que eu só via o campeonato carioca, já que Brasileirão mesmo que é bom, só série C.

Último momento glorioso que lembro foi eu acompanhar o namorado flamenguista ao Maraca, e ficar torcendo através do placar para o Mecão ganhar o Vasco de 2×1 em outro estádio.

Foi um sofrimento acompanhar assim, mas terminado o jogo, vibrei pra cacete, sem ninguém entender. Afinal, o Mengo deles tava indo, mas nem tanto.
Depois só pude encarnar no meu pai vascaíno no começo de 2007, quando o Mequinha ganhou o Vasco e no fim de semana seguinte deu-lhe de 2 no tricolor carioca.

Entre o Mecão campeão cheio de craques de 1900 a 1978 (por aí) e o Mequinha de hoje (que já levou, ano passado, uma surra de 3 do Fla com direito a gol do OBINA, vcs acreditam? ODE-I-O obina),
ficam a bela cor,
a raça da torcida (que sofre, ow sofre)
e a história de uma equipe gloriosa.

Até o Tim Maia era Mequinha e o pai do Romário também é.
Eu sou Mecão de coração, de ficar mufina.
Não dá pra explicar. Só dá pra fazer que nem o João, lá do doc Unido Vencerás, que diz assim: Todo torcedor do America é maluco. Eu lhe falo isso com toda a clareza. Cara que é America é maluco, não é bom das idéias… (aí ele se inflama por causa de um jogador) o que tu ainda tá fazendo no America, rapá?! Filhadaputa injusto! Vai tomar um tiro no cu, filhadaputa!

né?
HEI DE SOFRER,
SOFRER, SOFRER,
HEI DE SOFRER ATÉ MORRER,
MORRER, MORRER
POIS A TORCIDA AMERICANA
É TODA ASSIM
A COMEÇAR POR MIM
A COR DO PAVILHÃO
É A COR DO NOSSO CORAÇÃO
OS NOSSOS DIAS DE EMOÇÃO
TODA TORCIDA CANTARÁ ESTA CANÇÃO

Sem maiores explicações… uma lambidinha no cu e memandaumscrap!”

h1

This is it

9 novembro, 2009

Sou daquelas pessoas que adora a música pop. Eu admito. Sem medo, sem dor, sem rancor com a indústria. Sei que disso surgem os monstros Calypso, Tati quebra Barraco e afins. Mas tudo tem um lado ruim, né?

O que eu defendo é que a música Pop é um dos nossos paraísos artificiais mais eficazes. Se não fosse alguém cantando, dançando, curtindo e dizendo coisas pelas quais todos passamos, seria meio difícil desligar dos problemas, não conseguiríamos viver bem. E a música pop é uma das melhores formas de diversão sem cobranças que pode existir.

Pelo menos, a música pop que eu conheci. Quando ia pro colégio ouvindo o rádio, quando passava tardes vendo TV e brincando na sala.

A música que não era só som grudento, mas tinha que ter dança, movimento, energia. Tudo fazia e faz parte de um espetáculo. E é de espetáculo que precisamos quando estamos descansando no fim da noite, depois de termos nos esforçado tanto pra ganhar o pão.

E quem sabe fazer espetáculo, transforma mesmo o nosso dia-a-dia.

Mostra que existe um momento em que você pode esquecer aquela conta a pagar e só dançar. Pelos 3 minutos daquela música, ou durante o show inteiro, temos a sensação de que estamos nos divertindo de verdade. E eu acho isso importante. Porque a minha vida não é um luxo. Porque eu acordo à noite e me sinto sozinha enquanto fumo um cigarro, tomo uma água e penso qual a razão de eu ter que acordar no dia seguinte.

Eu preciso ver alguém usando o corpo e a música pra mostrar como a vida pode ser leve. Pode caber num refrão.

Todo este discurso é pra eu dizer que entendo a função de uma Madonna, de um ser como o Michael Jackson.

Entendo também o porquê de tanta comoção quando ele morreu. Sério. Entendo porque pessoas choraram e velaram o ‘suposto’ corpo.
Eu também senti dor. Eu, que já conheci o Michael branco, senti como se tivesse perdido um ente querido. Parece balela, eu sei, mas é pura verdade.
Enquanto ele estava fora dos palcos por dez anos, foram nestes anos que eu conheci o MJ negro.
Cantei ‘beat it’ durante o banho, dancei ‘abc’ enquanto fazia faxina e ouvi uma coletânea especialmente gravada pra viagem do fim de semana.

Sei também que muita gente quis aparecer e mostrar uma falsa dor. Mas quem pode culpá-los? Tudo é parte do espetáculo. Um espetáculo mal feito. E nada digno do grande artista que Michael foi.
Fui assistir hoje o This Is It.

Fui com o coração ansioso, com a vontade de controlar o choro. Tinha certeza do choro em litros, afinal eram os últimos ensaios do REI DO POP. Pra mim, era óbvio o sentimentalismo forçado, assim como o escândalo daqueles que ouviram falar do Michael apenas há alguns meses. Tive sorte e minhas expectativas foram por água abaixo.

O documentário traz exatamente só os ensaios e preparações para o show. Nada de vida, nada de cansaço, nada de lágrimas. O que se vê é um artista EXTREMAMENTE talentoso, trabalhando com muita gente competente demais e um homem que sabe controlar o que quer com doçura (desejando bênçãos e “falando isso com amor”).

Eu sabia que ele era safo, cantava como um deus, dançava como um anjo, mas eu não tinha certeza do quanto ele era seguro de cada detalhe, como ele controlava todos os movimentos do corpo de quase 50 anos e dos músicos, dançarinos, marcações, enfim… tudo no palco.

Um artista talentoso em absolutamente tudo o que fazia. Talentoso e dedicado. Isso é quase impossível de achar hoje em dia e em qualquer tempo.

Por isso ele É o REI DO POP.

E também porque tinha uma luz, tinha cuidado, tinha sensibilidade. Ao contrário do que muitos dizem, ele era completamente são e consciente. Sabia do cuidado com a voz e o corpo nos ensaios, queria guardar o melhor pro show.

Mas em alguns momentos cantou de verdade, se empolgou dançando, se divertiu com os dançarinos e músicos. Mostrou que ainda é um negro de sangue e formação: pediu mais volume pro contrabaixo (instrumento que ele cobra mais ‘funk’ algumas vezes no ensaio).

O filme diverte. E muito.

Faz a gente esquecer que ele morreu e choramos oceanos, que voltamos a ouvir todas as músicas dele por alguma razão. Faz a gente, principalmente, querer assistir aquele belíssimo show que estaria por vir.

Cantamos junto. Batemos palma. Dançamos com os ombros. E, como eu disse no começo, a música pop serve pra isso: ser o circensis, o paraíso artificial.

Saí do filme feliz. Mesmo.

É bonito ver tanto talento trabalhando, fazendo coisas belas.
Falo sem rancor nenhum.
Sem me preocupar se ele fez alguns dos discos mais vendidos da história, comia criancinha, apanhava do pai, gastava fortunas, fazia música pra ganhar dinheiro.
Falo isso porque Michael foi meu circo, mas também o pão em muitos momentos da minha vida e cantou baixinho I’ll be there quando eu acordava de madrugada.

Falo isso com amor.

h1

Hora do banho

9 novembro, 2009

Não sou criança, mas acho banho um saco.
E eu sou mulher. Admito.
Mas se não for pra refrescar num dia de calor ou amornar num dia de frio, não há ser-humano que goste de tomar banho.
Mulher não diz isso, porque ninguém gosta de mulher porca.
E quando eu digo ser-humano, incluo mulheres aí. Sim, mulheres são seres humanos, apesar da grande maioria jurar que não. A não ser que precisem da fraqueza do ser-humano pra conseguir algo.
Eu digo. Não me importo.
Sou ser-humano e odeio tomar banho sem razão. Só porque cheguei em casa ou porque o namorado vem me ver?
Se me ama, tem que amar meu fedor.
Nós mulheres, seres humanos, quando amamos um homem, adoramos até os fedores.
Só pra depois dizer pras amigas que sofremos com aquele chulé e que apesar de todo o nosso carinho e dedicação, o homem que nos pertence tira o tênis e joga a meia no sofá depois do futebol.
Ah, a gente adora dizer que algum homem nos pertence. Ele é uma desgraça, indelicado, rancoroso, egoísta. Mas é nosso. E não há homem que seja BOM nas palavras das suas mulheres.
Aliás, nunca vi homem fazer tanto drama.
Talvez por isso eu nunca consiga ser sapatão. Também porque buceta é feia. Juro. Acho um nojo.
Pau, não. Pau é bem feito, alguns parecem desenhados. Obras de arte de deus ou do diabo. Dos dois.
Eu sei que eu tenho uma dessas feiosas, mas tenho nojo. É tipo bustela (ou remela do nariz), todo mundo tem as suas, enfia o dedo, adora a sensação, mas rola aquele nojinho depois, quando limpa na calça.
Aliás, buceta pode ser feia, mas adoro o poder que ela me traz. Nós mulheres, amamos isso.
Ser-humano adora poder e, eu já disse, nós fazemos parte da raça. Aprendemos como usar nosso instrumento para conseguir o que queremos.
Mulher não diz isso, mas quero ver falar o contrário olhando nos meus olhos.
Mas mulher mente, olhando no olho (até porque, não dá pra se concentrar nos dois ao mesmo tempo).
Um homem pra conseguir isso, de mentir olhando no olho, tem que ter treinamento.
Mulher não. Vem com o pacote.
Falando em pacote… o ruim de ter buceta é que os ovários e o útero vêm junto.
E não há outro ser–humano que suporte a dor que isso nos causa.
Só mulheres.
Nosso útero pode guardar a batalha alien x predador, mas continuamos em cima do salto.
Numa falsidade impecável.
Taí outra razão pra eu não conseguir encarar um buceta: a gente nunca sabe de verdade quando a mulher goza. E isto tira meu tesão.
Homem não. A porra é a prova.
E os gestos, os olhos, os urros e , principalmente, o egoísmo.
Homens se preocupam em ter prazer e não em fingi-lo só pra fazer a mulher que lhe pertence feliz.
Membros eretos e héteros: uma classe que também adora poder e possuir mulheres.
Só pra dizer que elas são mais gostosas, amáveis e mães que as outras. E que são SÓ deles.
Querem acreditar nisto a todo custo.
E não seremos nós, mulheres, que desmentiremos isso.
Ainda mais olhando no olho de um outro ser-humano.
Não. Mulher não faz isso não.